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Diante das problemáticas de aprendizagem enfrentadas pelos alunos, houve uma generalização do termo transtorno de aprendizagem como sendo a única causa de qualquer situação apresentada pelo aluno em se tratando de problemas no processo.

No entanto, a partir do ano 2000, vários autores contemporâneos e estudiosos do ramo de psicologia, pedagogia e medicina sistematizaram essas definições.

Com essa sistematização foi denominado como dificuldades de aprendizagem uma problemática momentânea, destacando, não apenas, o aluno como sendo o único responsável por não estar conseguindo aprender, mas também, colocando obstáculos externos como o conteúdo escolar, que nem sempre oferece condições adequadas para o sucesso (RELVAS, 2008) ao método de ensino, ao ambiente físico e social da escola (FONSECA, 2005) a um irmão novo, pais emocionalmente desestruturados por discussões, bebidas, professor, metodologia, etc.

O olhar do professor, ao deparar-se com um aluno com dificuldades de aprendizagem, necessita compreender que a causa do seu baixo desempenho pode estar em seu meio social ou familiar.

Pode-se concluir que as dificuldades de aprendizagem apresentam-se de forma provisória, ou seja, pertencem ao indivíduo apenas naquele momento e suas causas devem ser discutidas, pois podem estar ligadas a diferentes campos, desde afetivo, social, pedagógico ou até mesmo orgânico. Segundo Weiss (2009), as dificuldades de aprendizagem devem ser observadas na perspectiva da pluricausalidade, pois o que se acha desinteresse pode estar ligado, a um problema familiar, ou até mesmo ao processo de adaptação escolar.

Se por um lado as dificuldades são causadas por problemas externos, de outro temos os transtornos de aprendizagem que na maioria das vezes só é percebido quando a criança já passou pelo ensino infantil e vem carregando consigo problemas que já estão afetando a sua jornada escolar, mas que acabaram passando despercebido por não se ter exigido tanto dele.

Geralmente, os transtornos são específicos e afetam apenas uma área do conhecimento (como leitura, escrita ou com os números), ou ainda pode apresentar-se de forma global afetando várias partes ao mesmo tempo.

Uma característica importante e que deve ser levada em consideração é que o transtorno específico não é considerado uma deficiência intelectual ao contrário do transtorno global que apresenta uma falha muito grande no desenvolvimento.

Diante das situações relatadas tanto no que diz respeito às dificuldades quanto aos transtornos de aprendizagem é muito clara e necessária a função do educador como mediador da descoberta de tais problemas de aprendizagem e o quão importante é a mudança de postura pedagógica neste contexto.

É o professor portanto quem faz as primeiras observações, mas deve-se ter um respaldo junto ao orientador e coordenador pedagógico, para que a família possa ser colocada a par desta questão e juntos traçarem o melhor caminho para ajudar o educando.

Através da observação criteriosa do professor é que será feita a detecção do problema e o encaminhamento aos especialistas como médicos, psicológos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos para que sejam avaliadas as habilidades motoras, linguísticas, cognitivas, emocionais e os atos de ler e escrever só esse profissional irá recomendar o procedimento necessário diante dos problemas de aprendizagem, ou seja, em todos os casos é imprescindível o acompanhamento do especialista que será quem vai auxiliar professores e pais sobre qual será a melhor abordagem diante desses problemas.

Em uma outra oportunidade falaremos um pouco mais sobre os transtornos de aprendizagem, destacando cada um deles e as áreas da aprendizagem que eles podem comprometer.

Acompanhem nossas postagens.
Até breve

 

Elaine Guedes
Coordenadora Pedagógica